Materia Medica de A a Z

Planta pertencente à família das Simaroubaceae. É uma árvore de 20 a 25 m de altura. Casca muito espessa, fibrosa e porosa. Madeira branca, ligeiramente manchada de amarelo-claro, leve. Folhas alternas, pecioladas, compostas, paripenadas. Folíolos alternos quase sésseis, espessos, coriáceos, glabros na face superior, pubescentes na face inferior, obovais, obtusos ou algo lanceolados na extremidade livre. Flores esbranquiçadas, pequenas, dispostas em grandes panículas ramificadas. O fruto é composto de 5 cápsulas uniloculares, semelhante a uma azeitona, contendo um caroço oval.

Na descrição de J.H.Clarke: "Simaruba é nativa das Índias Ocidentais e América tropical. A 'Casca de Simaruba' é usada como um tônico amargo e como um remédio local para disenteria e diarreia. A parte usada é a 'casca', que é realmente a pele da raiz, do que é feita uma decocção. 'Em grandes doses', diz o Treas. of Botany, 'diz-se a agir como um emético, purgativo e diaforético.' Simaruba versicolor, uma espécie brasileira, tem propriedades semelhantes. As frutas e casca são utilizadas como anti-helmínticos; uma infusão desta última é utilizada em casos de picada de serpente. A planta é tão amarga que os insetos não a atacam, pelo que a raiz em pó tem sido usada para matar vermes. Simaruba glauca, nativa de Cuba, fornece um suco glutinoso que é utilizado em certos casos de doença de pele. Isto bem soma o lugar e as propriedades de Simaruba. E é bom lembrar que Cedron, que é Simaba Cedron, pertence à mesma ordem. Prepara-se o remédio com a tintura das cascas secas das raízes."