Materia Medica de A a Z

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arnica montana (arn)

ARNICA (Arn)

"Nos principais medicamentos, daremos a patogenesia, como foi apresentada por Hahnemann. O que aí está, é apenas reprodução do que já foi dito. Em Homeopatia, não existem novidades. Já se chegou à fase positiva da questão. A classificação botânica é tirada da Matéria Médica Vegetabilis de E.F.Steinmetz. Utilização dos pontos medicamentosos de Weihe, que são elementos preciosos para uma indicação completa. Têm o valor de sintomas característicos. - Nilo Cairo"

Sinonímia: Caltha alpina, Chrysanthemum latif. Doronicum austricum quartum, Nardus celtica, Panacea lepsorum, Ptarnica mont. e Veneno de leopardo. Pertence às Compositeæ.

É o grande remédio do traumatismo, pouco importa qual seja o órgão lesado. O remédio mais geral a dar depois das operações cirúrgicas, para prevenir as complicações.

A dar depois do parto, não havendo outra complicação: “Se se dá ARNICA antes. e depois da expulsão do feto quase infalivelmente prevenirá a febre puerperal" (DR. DEWEY).

A grande característica dêste medicamento é uma sensação de endolorimento e contusão, como se o corpo tivesse sido espancado ou pisado; dai seu grande uso, interna e externamente, em tôdas as pancadas, machucaduras, contusões, quedas, comoções (do cérebro ou da espinha) e excessos musculares de qualquer sorte.

Só deve ser usado externamente, quando não houver esfoladura ou ferimento da pele. Todavia o DR. GRAUVOGL o usava nas fraturas e feridas supurantes e operações cirúrgicas.

Perturbações cardíacas dos atletas. Velhice prematura ou decadência geral precoce, com dores reumatóides, entre os caboclos que se dão a pesados trabalhos agrícolas (1.ª à 3.ª din., 2 gôtas, três vêzes por dia).

Indicado nas pessoas propensas à congestão cerebral.

Um grande tônico muscular.

Tôdas as coisas sôbre que se descansa ou repousa parecem muito duras. A cama dói.

Arrotos com cheiro de ovos podres. Estado tifóidico, cabeça quente, mas corpo frio. Fezes pútridas, involuntárias. Petéquias. Estupor com fezes e urina involuntárias.

Tenesmo com diarréia; disenteria.

Em qualquer moléstia em que o nariz esteja anormalmente frio.

Internamente, para prevenir a supuração, a septicemia e as equimoses nos traumatismos e nas operações cirúrgicas, sobretudo dos olhos; e também a apoplexia cerebral. A dar na apoplexia cerebral, depois dos sintomas agudos, para reabsorver o derrame (30.ª).

Previne a pioemia e, para as hemorragias por feridas, é o nosso remédio mais útil. Antraz. Furunculose. Erisipela. Furúnculos localizados na nuca.

Aquieta as contrações nervosas do membro fraturado, que impedem a união dos ossos.

Afecções agudas ou crônicas (mesmo muito antigas) consecutivas aos traumatismos. Tumores devidos a traumatismos. Moléstias nervosas, use-se a 12.° din.

Dor de dentes conseqüente a operações dentárias.

Gôta e reumatismo, com temor de ser tocado na parte doente.

Influenza. Tosse espasmódica. Tosse dos cardíacos à noite. Tosse provocada por chorar ou lamentar-se. Dores intercostais; pleurodinia. Suores noturnos ácidos.

Coqueluche: a criança chora ao pressentir o acesso. Ciática devida a demasiado exercício ou compressão do nervo. Tinnitus. Varizes.

Dose: internamente-1., 3.ªx, 6.ª, 12., 30.ª, 100.ª, 200.ª e 1. 000.ª

USO EXTERNO. — É o remédio externo de tôdas as lesões traumáticas não dilaceradas. Emprega-se, pois, nas contusões, machucaduras, pancadas ou quedas, bossas ou galos da cabeça, contusões das partes genitais devidas a um parto laborioso, contusões dos escrotos, torceduras; bôlhas dos pés produzidas pelas botinas; calos machucados; furúnculos que amadurecem bem; frieiras pruriginosas; reumatismo muscular resultante da exposição ao ar frio e à umidade; rachaduras do bico do peito; tumor maligno. Em todos estes casos, se aplica em fricções com a tintura-mãe pura (exceto havendo escoriação) ou misturada com glicerina; ou ainda misturada com água fervida morna banhando-se a parte afetada ou aplicando em panos molhados. Pode-se usar também a pomada ou ungüento. Em geral renova-se o curativo 2 vêzes por dia.

Usa-se também a ARNICA em solução aquosa, ?ara dores de dentes, abscesso alvéolo-dentário e gengivite, fazendo-se bochechos seguidos.

Nas pequenas escoriações e esfoladuras, emprega-se também a ARNICA, sob a forma de colódio de ARNICA, que se pode fazer em casa, misturando:

Colódio comum das boticas ------------- 10 partes

Tintura-mãe de Arnica ------------------- 1 parte

Pincelam-se as pequenas escoriações, cortes e esfoladuras com um pouco desta preparação.

Em fricções com o Gliceróleo de ARNICA, serve também para fazer desaparecer as dores musculares, ou articulares, que sobrevêm em conseqüência de um esfôrço violento ou de uma luxação. Nestes mesmos casos, pode-se usar o Opodeldoque de ARNICA, que se encontra à venda nas farmácias homeopáticas.

Encontra-se ainda nas farmácias um óleo de ARNICA que é feito com óleo de olivas (azeite doce) superior e raízes de ARNICA, em maceração, na proporção de 1:10. É um remédio de inestimável valor nas cortaduras, feridas, escoriações e queimaduras, em geral, sempre, enfim, que se precisar de una forma de preparação de ARNICA branda e macia. Para o reumatismo e as dores dos músculos causadas pelo tempo frio e úmido, é êste um remédio externo de inexcedível utilidade. As dores reumáticas locais cedem na maioria dos casos a uma ou duas aplicações dêste óleo, por fricção das partes afetadas, feita ao deitar-se. O óleo de ARNICA é hoje muito estimado pelos atletas, que o usam para friccionar os músculos ao terminar os exercícios. pois não sòmente se evitam com êle os resfriados, mas também a rigidez, que sói resultar do exercício muscular vigoroso.

Na queda dos cabelos, usa-se também um especial Óleo de ARNICA, em que se associa o óleo de Rícino à ARNICA, u qual constitui um poderoso tônico para o cabelo; fortifica os bulbos pilosos, impede a queda prematura e a calvície, destrói os parasitas e faz desaparecer a caspa, a secura e a aspereza dos cabelos. Bastam 2 ou 3 fricções por semana, para se obter o resultado desejado.

Enfim, há nas farmácias homeopáticas um Sabonete de ARNICA — excelente para limpar partes contundidas, machucadas ou feridas, e para conservar a pele macia e elástica, fazendo desaparecer as rachaduras e asperezas do rosto e das mãos; e uma Pasta de ARNICA para os dentes destinada à limpeza da bôca. Neste último caso, pode-se usar também, como água dentifrícia, uma solução comum aquosa de tintura de ARNICA, feita no copo, na proporção de 1 de ARNICA para 20 de água, e com ela escovar os dentes.

Complementares: ACONIT. (Acon), IPECA (Ip), VERAT. (Verat), HYPERICUM (Hyper) e RHUS. (Rhus-t)

Remédios que lhe seguem bem: ACON. (Acon), ARSENIC. (Ars), BELLAD. (Bell), BRYON. (Bry), BARYT. MURIAT. (Bar-m), BERB. (Berb), CACTUS (Cact), CALC. (Calc), CHIN. (Chin), CHAMMOM (Cham), CALEND. (Calen), CURARE (Cur), HEPAR (Hep), IPECA (Ip), NUX VOMIC. (Nux-v), PHOSPH. (Phos), LED (Led), PULSATILLA (Puls), PSORIN. (Psor), RHUS (Rhus-t), RUTA (Ruta), SULPHUR (Sulph) e VERAT. (Verat)

Antídotos: ACONIT. (Acon), ARSENIC. (Ars), CAMPH. (Camph), IGNATIA (Ign) e IPECA (Ip).

Duração: 6 a 10 dias.

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