Materia Medica de A a Z
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aurum metallicum (aur)
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AURUM METALLICUM (Aur) "A tradução do livro Materia Médica do Dr. León Vannier para o Português foi elaborada com a preocupação de manter a fidelidade ao texto original. Algumas modificações, entretanto, foram realizadas no sentido de adaptar o livro aos recursos digitais de informática. Assim, optamos por acrescentar, na diagramação do original, dois títulos a mais para permitir ao leitor identificar o destaque dado, pelo autor às Ações gerais e Características de cada medicamento em relação ao Quadro sintomático geral." Ouro.
Ação geral e CaracterísticasTendência congestiva com hipertrofia e endurecimento dos órgãos congestionados. Desgosto pela vida com tendência ao suicídio.
AgravaçãoPelo ar frio, por um resfriamento, no inverno, entre o por e o nascer do sol; por estar tranquilo.
MelhoraPor ar quente, quando faz calor e durante o verão. Quadro sintomático geralDesgosto pela vida com TENDÊNCIA OBSESSIVA AO SUICÍDIO (Naja) apesar de que a morte o apavore. Humor inquieto e pesaroso. Sempre preocupado, nunca contente consigo mesmo ou com os outros. Irritável, não suporta a menor contradição, monta em cólera, explode em fúria insana que abalam o seu entorno e que depois se arrepende. Pouco sociável, atormentado, misantropo e cai em profunda melancolia e a morte, ao mesmo tempo desejada e temida, parece-lhe uma libertação. Hipersensibilidade de todos os sentidos: olfato, paladar, audição e tato. Sensibilidade excessiva à dor e ao frio. Dores muito intensas, penetrantes, terebrantes, profundas DOS OSSOS QUE SÃO AGRAVADAS NO INVERNO E À NOITE. Dores nos ossos do crânio, que se agravam à noite, com congestão da face, ardência e ondas de calor. (Entretanto, o paciente está melhor ao se agasalhar para se aquecer). Exoftalmia. Desigualdade pupilar. Dor intensa nos ossos da órbita, muito sensível à pressão. Diplopia. Hemiopia, sensação com se um véu preto cobrisse o lado superior do campo visual. O DOENTE SÓ VÊ A PARTE INFERIOR DOS OBJETOS (Gels). Hipersensibilidade ao ruído, melhora pela música. Zumbido e rangido no ouvidos. Otite com supuração crônica e fétida. Surdez. NARINAS inchadas, obstruídas, ULCERADAS, dolorosas, com agravação ao respirar pelo nariz. Sensibilidade dolorosa ao toque com dores profundas nos ossos, com irradiação para o maxilar superior. Ozena [Asafoetida (Asaf)]. Odor fétido da boca "de queijo velho". Salivação exagerada. Adenopatia submaxilar dolorosa. Sede e apetite aumentados com desejo de bebidas frias, café e licores. O paciente come com avidez, principalmente no início das refeições. Distensão abdominal, especialmente no lado direito com fígado aumentado, doloroso e rígido. Evacuações amareladas, quase descoloridas. PALPITAÇÕES VIOLENTAS, com ondas de calor e visível batimento das carótidas e dos temporais (Glon). Considerável desconforto circulatório, o paciente não consegue descansar deitado e é obrigado a descansar sentado com o corpo inclinado para frente. Sensação de como se o coração parasse de bater por dois ou três segundos, seguido imediatamente por um salto cardíaco súbito com batimentos violentos [Gelsemium (Gels)] e uma sensação de desmaio no oco epigástrico. Urina turva, como manteiga, com odor amoniacal e sedimento espesso e abundante. Poliúria Dor tensiva no testículo direito que está INCHADO e ENDURECIDO (Rhod). Hidrocele. Menstruações tardias e não muito abundantes. Dores vivas e repuxantes no útero que são agravadas ao fazer algum esforço com os braços. Qualquer esforço tem repercussões na cavidade pélvica. Tendência ao suicídio, especialmente durante os períodos menstruais. Dores nos membros, profundas, ósseas, dilacerantes e cortantes como facas, agravadas à noite e pelo toque e são acompanhadas por um estado de congestão local, como se todo o sangue da cabeça estivesse fluindo para os pés. Veias dilatadas, pés pesados e inchados. ClínicaO paciente de Aurum é sanguíneo e congestivo, mas também sensível que vê tudo preto e fica exasperado facilmente. A frequente congestão de seus órgãos que o torna pesado, sobrecarregado (ptose hepática, prolapso uterino); a hipertrofia e endurecimento que resultam disso (fígado, testículos, útero) dão a razão de suas principais indicações clínicas: endocardite reumática, angina pectoris, fígado cardíaco, hipertensão arterial, mas a agravação noturna de suas dores bem como sua localização óssea profunda, explica sua ação terapêutica nos sifilíticos (crônicos). Aortite. Artesioclerose. Hemiopia. Melancólico. Miocardite. Orquite. Otite. Ozena. Palpitações. Paralisia agitans. Paralisia diftérica. Periostite. Ceratite. RelaçõesArgentum nitr. (Arg-n), Lycopodium (Lyc), Nux vom. (Nux-v) (mental).Gelsemium (Gels), Digitalis (Dig) (olhos). Ferrum (Ferr), Glonoinum (Glon), Lachesis (Lach) (estados congestivos). Asafoetida (Asaf), Kali iod. (kali-i), Phytolacca (Phyt) (dor nos ossos). Complementares: Sulphur (Sulph) e Sifilinum (Syph). Doses30a, 200a e 1000. |