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murure leite (muru)

MURURE LEITE (muru)

Morure; Mureré; Mercúrio Vegetal

Planta nativa da região amazônica, descrita por Benoit Mure em sua Matéria Médica como uma resina usada para sífilis, sem referência à espécie botânica. Coincide com as descrições do Formulário Chernoviz (10. ed. Rio de Janeiro, 1879) onde se lê: "Morure ou Mercúrio Vegetal. Árvore do Pará que ainda não tem nome científico. Seu leite ou seiva resinosa, que é muito líquido e cor de tijolo é um estimulante energético do sistema muscular e nervoso. Usa-se no Pará contra a sífilis. Martius chamava 'mercúrio vegetal' ao Manacan, seguramente por engano ou mal informado, porquanto é esta substância vegetal que o povo dá aquele nome e não ao Manacan (Dr. Castro do Pará)". Em 1822 o médico português Antonio Correa de Lacerda (1777-1852), que viveu em Belém (PA) e São Luís (MA) entre 1818 e 1852 começou a anotar nos seus diários clínicos os testes que fazia com drogas elaboradas a partir de plantas amazônicas como o Mururé, utilizado para o tratamento de sífilis.

No Handbook of Medicinal Plants of Latin America de James. A. Duke (2008) encontramos a seguinte referência: "Brosimum acutifolium ou Brosimopsis acutifolia família das Moraceae - Mururé pertence à família das Amoreiras e o gênero Brosimum inclui aproximadamente 50 espécies de árvores tropicais e de zonas quentes da América do Sul. Um comum remédio para reumatismo e artrite através da Amazônia e América do Sul. É também um remédio comum para a sífilis, vindo daí o nome Mercúrio Vegetal. Mercúrio era o principal tratamento para sífilis no final de 1800 e início de 1900. Bufotenina, contida no Látex, e um ativo ingrediente em Takini, um alucinógeno usado pelos Shamans na Guiana Francesa, Suriname e região leste do Pará no Brasil, somente é encontrado nas sub espécies B. acutifolium Huber subsp., acutifolium C.C.Berg, encontradas nas Guianas lestes".

Na tradução da Patogenesia Brasileira de Benoît Mure, coordenada por Paulo Rosenbaum, encontramos algumas outras referências: "Murure leite - Sin. latinos: Yichetea officinalis, Bichetea officinalis. Familia das Urticaceae.... Varias plantas constam com esse nome e fornecem um leite. Nymphaea rudgean (G.F.W. Meyer), N. amazonum, N. tropaelifolia.... Mureru ou Cobomba aquatica (Aub.). familia das Nymphaeceae, com folhas adstringentes contra disenterias e hemorróidas. Planta desenvolve-se muito e dá leite que contém acido oxálico. Produz o mercúrio vegetal. É estimulante do sistema nervoso e muscular e é depurativo. Também encontramos como Urostigma cystopodium (Miers) e Brosminum acutifolium (Huber) com os nomes vulgares de Mercúrio vegetal e Mururé de terra firme. Parte usada casca do tronco ou raiz — usada em reumatismos, dores musculares e ósseas (o látex ao natural em álcool) para fricções.... A Urostigma cystopodium (Miq.) com os nomes de Muriri, Moruré, Azougue vegetal, Bururé, Inharé, Moruré vermelho — família das Urticáceas foi a que nos chamou mais a atenção em vista da patogenesia descrita por Mure. É uma planta dos estados de Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí. É uma arvore grande de tronco grosso, folhas ovais e fruto de pequeno formato amarelo e redondo. Por meio de incisão na árvore, esta deixa escorrer uma seiva resinosa mais ou menos líquida de cor avermelhada e espessa de incontestáveis propriedades medicinais. Na casca foi isolado um alcalóide de nome Muterina. É considerado um notável antileprótico de ação rápida. Goza também a fama de ser antisifilítico e poderoso depurativo do sangue. É também indicado como estimulante para os nervos, para debelar o reumatismo, artritismo, manchas da pele, feridas ulceras e outras enfermidades resultantes de impureza do sangue (Cruz — Dic. Pl. Úteis Brasil). Farmacopéias: HAB só consta como Mururé leite — O # 3. Barros diz ser Yichelea off ou Bichetea off. Mure não diz como preparou - possivelmente por trituração da resina.

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