Materia Medica de A a Z

Planta pertencente à família das Fagaceae, nativa da maior parte da Europa, Ásia Menor até o Cáucaso, e também de regiões da África do Norte. É uma árvore grande, decídua, de 25 a 35 m de altura, com folhas lobadas e quase sésseis (pecíolo muito curto) com 7 a 14 cm de comprimento. Floração ocorre em meados da Primavera, e os seus frutos, chamados bolotas, amadurecem após o Outono. As bolotas têm 2 a 2,5 cm de comprimento, pedunculadas, com uma a quatro bolotas em cada pedúnculo. Quercus robur (latim Quercus, "carvalho" robur "força, madeira dura")

J.H.Clarke descreve assim suas características: "Quercus é um dos remédios esplênicos de Rademacher. Foi introduzido na prática homeopática por Burnett, que publicou em seu Diseases of the Spleen uma tradução da observação de Rademacher sobre o remédio, e como ele veio a saber sobre o mesmo. Rademacher deu a tintura das "bolotas" a um velho bebedor de brandy que há muito sofria do baço, que às vezes era muito doloroso, e que naquela época estava "doente à beira da morte" com ascite e dropsia das pernas. A urina em seguida aumentou, mas o paciente queixava-se de que cada dose de medicamento causava a constrição do tórax. Isto levou Rademacher a preparar o licor destilado e, finalmente, a Aqua, como preparações mais leves, que provaram ser, pois o remédio curou completamente o paciente sem causar mais constrição do tórax.

Prepara-se o remédio com a tintura das bolotas (descascadas e trituradas ou retalhadas); destilados (alcoólicos) preparados com a tintura (Spiritus glandium Quercus); extrato aquoso das bolotas com adição de álcool (Aqua glandium Quercus).