Materia Medica de A a Z

Planta pertencente à família das Ephedraceae, natural das regiões temperadas e Himalaia em altitude de 2700 a 3600 m. É um arbusto com cerca de 25 a 50 cm de altura. A planta tem estames e pistilos em flores separadas; as flores com estames ocorrem em um amentilho e perianto membranoso, as flores com pistilo ocorrem em pedúnculos axilares em um envoltório bi-folheado. O fruto tem dois carpelos com uma única semente em cada um e é uma suculenta pinha. Os caules da planta são delgados e eretos, com pequena folhas que são tipo escama, articuladas e unidas na base em um feixe. A planta contém Efedrina, um estimulante da inervação simpática semelhante à Adrenalina e tem propriedades antiespasmódicas (do extrato de Ephedra vulgaris foi isolado em 1885 o príncipio ativo que quando purificado chamou-se efedrina em 1887 por Nagai).

"Ephedra foi experimentada na Rússia pelo Dr. BH Mouravow (Universal Homœopathic Annual, p. 56). Produziu sintomas quando foram tomadas vinte gotas cinco vezes por dia, de um forte extrato alcoólico; quinze gotas quatro vezes ao dia foram tomadas sem efeito aparente. Extrema apatia foi produzida, rigidez do pescoço, e puxão para trás de todo o corpo ao virar a cabeça. Houve também sobressalto dos olhos nas órbitas, como se empurrados para fora. Foi por isto sugerido bócio exoftálmico por Mouravow, que considerava que a droga atuava sobre os gânglios do nervo simpático, e causava congestão da medula espinhal" (J.H.Clarke).

Prepara-se o remédio com a tintura dos ramos e flores.