Materia Medica de A a Z

Planta pertencente à família das Campanulaceae (anteriormente incluída nas Lobeliaceae). A primeira menção sobre esta planta foi feita por Erskine C. White sob o nome Lobelia rubra, corrigida posteriormente por F. Kopp para Lobelia purpurascens. Kopp descreve a planta assim: "caules angulares, procumbentes. Folhas ovais, verdes na superfície, e púrpura ou púrpura e verde por baixo, um pouco serrilhadas, bastante firmes, normalmente com meia a uma polegada de comprimento; pedículos axilares, muito mais curtos do que as folhas, refletidos após a floração. Flores brancas em cima, púrpuras embaixo, delicadamente perfumadas, a maior parte dística, corola quatro ou cinco linhas longitudinais, os lobos inferiores oblongos, obtusos, os dois superiores mais curtos e mais estreitos, mais agudos e encurvados. Cápsulas estreitadas, ovóides, três linhas longitudinais; sementes bastante grandes, muitas vezes achatadas". Ela cresce profusamente na mata Australiana, preferencialmente em lugares úmidos, e mais profusamente, afirma Kopp, onde serpentes mais abundam. White acrescenta que prefere solos arenosos livres. Isso é interessante já que James S. Bray, citado por White e Kopp, observou que uma iguana após uma luta com uma serpente, quando aconteceu de ser picada, comeu Lobélia. Por outro lado, Bray uma vez encontrou um número de ovelhas mortas e a princípio pensou que tinham sido mordidas por cobras; mas ao examinar os seus estômagos viu as folhas e caules de Lob. Purp, e chegou à conclusão de que essa foi a causa das mortes. (Trecho retirado e traduzido livremente do Dicionário de M.M. de J.H.Clarke). Prepara-se o remédio com a tintura da planta inteira fresca.