Materia Medica de A a Z

Molusco cefalópode pertencente à familia dos Sepiidae, cujo habitat são os mares mediterrâneos na costa ocidental e sul da África, onde vive em profundidades de até 200m, normalmente encontrado enterrado em uma fina camada de areia. Este invertebrado atinge em média 45 cm de comprimento, variando de coloração, embora predomine o tipo preto mosqueado ou o marrom. Possue oito braços e dois tentáculos. A concha calcária, característica dos moluscos, aqui sofreu uma involução reduzindo-se a pequena placa ou osso, interno e na região dorsal. Possue células pigmentares, chamadas cromatóforos, cobrindo a pele, que permitem ao animal mudar rapidamente de cor. Quando ameaçado, à semelhança de outros cefalópodes, é capaz de secretar uma nuvem de tinta escura, de gosto nauseante, para confundir seus predadores. Esta tinta tem sido historicamente utilizada na arte onde a sua cor, a sepia, dá origem ao nome do gênero chocos. Possui cabeça grande com olhos muito vistosos, sendo considerado excepcionalmente "inteligente". Uma característica interessante é a capacidade de utilizar a mudança de cores na comunicação comportamental das advertências, bem como acasalamento. Chocos permanecem fixos no fundo do oceano na maior parte do tempo só movimentando-se para pegar comida quando famintos, acasalar ou para lutar quando se encontram com outros chocos. Essa tinta, com a qual o remédio é preparado, é composta essencialmente de melanina, tendo um conteúdo significativo de sais de Sulphur e Calcium. O remédio é preparado com a tinta obtida pela compressão da bolsa onde é guardada, por trituração após secagem.