ALFREDO EUGENIO VERVLOET

(BRASIL)

Todos os órgãos, aparelhos, sistemas, todas as funções do organismo formam uma unidade, uma integração, por intermédio da atividade nervosa superior, do córtex cerabral, daí a denominação de medicina córtico-visceral. A unidade organísmica estabelecida pelo sistema nervoso central, leva-nos à noção científica do nervismo em patologia, devida a Botkin, grande clínico, e Pavlov, grande fisiólogo, e estudada e definida principalmente por Speransky.

De acordo com essa concepção, de larga repercussão na teoria e na prática médica, o organismo reage como um todo, como uma unidade, aos fatôres mórbidos que o afastam do seu ritmo e interação normais e com o meio exterior. Esta seria a nosso ver a explicação científica da abstrata e metafísica força vital, como já o dissemos e que demonstra a inexistência de doenças locais e também o valor relativo dos meios terapêuticos oriundos de estudos analíticos, e do conhecimento de ações locais, parciais dos medicamentos.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

"No futuro a medicina estará solidamente fundamentada na fisiologia normal e patológica, analitica e sintética, na biologia darwinista-mitchurinista, na concepção pavloviana de unidade organísmica em interação permanente com o meio exterior, social, físico e biológico, estabelecida essencialmente pelo sistema nervoso central, e no que se refere a farmacoterapia alicerçada principalmente na lei dos semelhantes que implica o estudo dos medicamentos no homem sadio".

(...) Acreditamos que a noção pavloviana de unidade organísmica em interação permanente com o meio exterior, moldada, dirigida, estabelecida pelo sistema nerovoso central, pelo cortex cerebral, e sua concepção de nervismo em patologia que afirma a caracteristica reativa unitária, global do organismo, por meio da atividade nervosa superior, aos agentes produtores de desequilibrio orgânico (doenças) vêm a ser a substituição da concepção da força vital, sendo uma teoria perfeitamente de acordo com a concepção homeopática do organismo sadio e doente.

(...) Os homeopatas solidamente fundamentados nesta concepção de unidade organísmica na saúde e na doença, e baseados na lei dos semelhantes adotaram uma terapêutica também unitária, fisiológica, sintética e por doses pequenas estimulantes do nervismo como elemento orgânico curativo".

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

Na realidade a doença é um novo estado, ou um novo processo, qualitativamente diferente em relação a higidez, a saúde, ao estado normal.

Aqui em medicina, vemos o acerto da lei dialética, da modificação, da passagem das modificações quantitativas, para um novo estado, qualitativamente diferente. Há a perda da elasticidade das funções orgânicas, com baixa do tônus vital, uma diminuição no poder de adaptação, com desequilíbrio das relações córticossomaticas. Isto ocorre quando passamos da fisiologia para a fisiopatologia e a patologia.

A capacidade reativa do organismo quando o homem adoece é perturbada, alterada, temos a disreação ou pato-reação.

Interrompida, fracassada, bloqueada a elasticidade das funções fisiológicas, com o aumento e a diminuição das funções, passa-se a um processo diferente, ou com a estabilização de novas constantes orgânicas, ou com o aparecimento de novos mecanismos de atividade organísmica e orgânica, nocivos à vida.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

A saúde humana como demonstração do poder de adaptação organísmica, dependendo principalmente do tônus cortical, pode ser grosseiramente comparada com um elástico, que se expande e volta à posição primitiva.

O conceito do tono geral e local, intimamente relacionado um ao outro e como capacidade de elasticidade e resistência, é de grande importância.

Trata-se de um conceito fisiológico de ordem sintética de capital importância para a Medicina Preventiva e Assistencial, para o homem são e doente.

Há uma verdadeira hierarquia de tônus, desde o celular até o cortical cerebral.

O tônus geral do organismo, deste como um todo, uma unidade, é o tônus vital. É ele de muita importância e depende muito mais dos sistemas de maior evolução biológica, como o córtex, e a região sub-cortical, enfim, o sistema nervoso central.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

A noção de tônus vital como conceito, concepção sintética, teórica de medicina, precisa ser bem compreendida. Uma de suas características é sua dependência da evolução em função do meio. Outra é a interdependência dos fatores internos e externos, passados e presentes. Outra é a sua possibilidade, em certas condições de ser afetado sem a passagem da modificação quantitativa dos fenômenos para um novo estado qualitativo. Observamos também nele a luta dos contrários, em que ação e reação estão sempre em movimento contínuo, em equilíbrio, no qual uns fenômenos, uns fatores, determinam o aparecimento de outros. Há um constante movimento, uma constante transformação dos fenômenos biológicos.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

O tônus vital tem uma grande plasticidade, que dá possibilidade ser adequadamente dirigido, orientado em sua formação.

Tem também o tônus vital diversos graus e níveis de valor, conforme situar-se neste ou naquele estado de desenvolvimento da matéria viva. Assim, quanto maior o grau de desenvolvimento dessa, tanto maior o valor, o significado do tônus vital em relação à integração organísmica e a interação com o meio.

Assim, este conceito de tônus vital é de suma importância, como conceito sintético de caráter dialético, para toda a Medicina e particularmente para a Medicina Preventiva.

Este conceito é dialético, porque enquadra-se perfeitamente na concepção de dialética que nos deu Shirokov. Assinalou ele, "o pensamento dialético, é o estudo das coisas em suas relações, e no processo de desenvolvimento e modificação". De acordo com esta concepção fisiológica, teórica, sintética e dialética, temos que considerar na formação da personalidade humana, as prioridades funcionais, tendo em vista a unidade organísmica, com a criação, o estabelecimento de um tônus vital forte.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

Vejamos agora, algo mais especifico sobre a homeoterapia, para depois entrarmos na clinica homeopática. Carrol Dunham, um dos mais destacados médicos homeopatas que possuíram os Estados Unidos, chamou acertadamente a homeopatia de "Ciência da Terapêutica". Seu magnifico livro "Homeopathy the Science of Therapeutics, a collection of papers elucidating and illustrating the principles of Homeopathy", foi publicado como obra póstuma pela firma F. E. Boeriche de Filadélfia, em 1877.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

No artigo Homeopathy the Science of Therapeutics, Dunham assinalou: "A homeopatia reivindica ser "A ciência da Terapêutica". Esta reivindicação envolve a afirmação de que antes do estabelecimento da Homeopatia sobre uma base científica, a terapêutica como ciência, não tinha existência. É incumbência dos homeopatas mostrar a justeza desta afirmação. Concordando com esta afirmação em todo nosso trabalho, viemos, assim como o fizeram Stengel e Choain em seus próprios escritos, provar a justeza desta asseveração e mostrar os fundamentos científicos da lei dos semelhantes, e portanto da homeopatia, da homeoterapia.

Extraído de HAHNEMANN E PAVLOV (A. E. VERVLOET)

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