Materia Medica de A a Z

Planta subarbustiva perene pertencente à família das Apocynaceae que cresce no norte da Índia, Paquistão, Sri Lanka, Birmânia e Tailândia. É uma planta ereta com 15 a 45 cm de altura. As suas folhas são grandes, verticilo de três, verde escuro por cima e verde claro por baixo. As flores são brancas, rosa ou vermelho, ocorrendo em espiral. Os seus frutos são minúsculos, ovais, carnudos que adquirem um roxo-escuro brilhante quando maduros. As raízes são tuberosas com o córtex de cor marrom claro. As raízes da planta são utilizadas para fins medicinais, acreditando-se estimular contração uterina e recomendada para partos difíceis; alguns alcalóides desta planta têm sido usados como tranquilizantes e anti-hipertensores. A Reserpina (Reser) é a sua substância mais conhecida. Esta planta é conhecida de muito longa data pelos povos da Índia, onde se acredita ser capaz de trazer sabedoria e serenidade da alma, havendo relatos de que Mahatma Gandhi fazia uso dela.

Sua patogenesia foi feita por Leeser em 1954 no hospital Homeopático Robert-Bosch em Suttgart. H Lee-Templeton também fez uma experimentação na Faculdade Homeopática de Londres, em 1954-55, com 6 provadores e com a dinamizações 3 DH, 12CH, 30 CH, de acordo com os experimentadores, durante seis meses. Beja, d'Orleans (talvez desconhecendo a prova de O. Leeser) realizou um autoexperimentação em julho-agosto de 1956, com a dinamização 3 DH, 10 gotas por dia, durante um mês. Finalmente, O.A.Julian fez uma minuta de estudos clínicos, a fim de fixar o campo de ação de Rauwolfia em diluições Homeopáticas.