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belladonna (bell)

BELLADONNA = ATROPA BELLADONNA (Bell)

"Nos principais medicamentos, daremos a patogenesia, como foi apresentada por Hahnemann. O que aí está, é apenas reprodução do que já foi dito. Em Homeopatia, não existem novidades. Já se chegou à fase positiva da questão. A classificação botânica é tirada da Matéria Médica Vegetabilis de E.F.Steinmetz. Utilização dos pontos medicamentosos de Weihe, que são elementos preciosos para uma indicação completa. Têm o valor de sintomas característicos. - Nilo Cairo"

Sinonímia: Atropa belladona, Belladona bacifera, Solanum furiosum e Solanum lethale. Pertence às Solanaceæ.

Remédio agudo, repentino, violento, vermelho e quente.

Unicamente útil nos casos agudos, caracterizados por olhos vermelhos e dilatados, alucinações, latejos, mania, delírio violento e febre. Cabeça quente e pés frios. A trepidação e a luz agravam. Hipersensibilidade do couro cabeludo.

Congestão cerebral, exceto da insolação. Cefalalgia intensa, congestiva, com face vermelha e latejos da cabeça e das carótidas, piorada por inclinar-se ou deitar-se. Meningite. Males que começam na cabeça e acabam nos pés.

Sono agitado das crianças, olhos meio abertos, cabeça quente, ranger de dentes, sobressaltos, convulsões súbitas da dentição, com febre. Um grande remédio das crianças. Fisionomia que traduz ansiedade e pavor.

“Nas inflamações locais, BELLADONA é no primeiro período mais importante do que qualquer outro medicamento.

Não importa o lugar em que se estabeleçam essas inflamações, cabeça, garganta, seios, ou qualquer outro órgão, contanto que se apresentem de um modo brusco, tenham uma evolução rápida e a região esteja vermelha, dolorosa e latejando” (DR. NASH).

Inflamações, abscessos, furúnculos, carbúnculos, caxumbas, amigdalites, dor de dentes, qualquer estado mórbido em que há latejamento.

Ilusões de óptica.

Dores que se agravam pelo deitar do lado oposto ao doloroso; que vêm e vão sùbitamente. Congestão ocular. Dilatação pupilar.

Erisipela lisa, luzente e tensa.

Nevralgia facial relampejante, em curtos acessos, com vermelhidão da face e dos olhos.

Escarlatina lisa, variedade de Sydenham, pele vermelha, brilhante, principal remédio. Profilático (30.ª).

Otites com dor intensa. Bócio exoftálmico.

Bôca sêca. Dor de garganta; vermelha, brilhante, lustrosa, muito sêca. Um grande medicamento da garganta. Aversão à água. Espasmos na garganta. Língua com raia vermelha no centro.

Convulsões, espasmos e tremores. Um grande remédio dos casos antigos de epilepsia, em alternação com CALCAREA CARB. (Calc)

Alucinações sensitivas; ilusões oculares, auditivas e olfativas.

Espasmos do colo do útero. Regras antecipadas e profusas. Estrangúria nervosa. Hemorragia uterina de sangue vivo, fluido e com coalhos.

Útil no comêço das febres infecciosas, quando predominam as desordens dos centros nervosos: febre sem sêde.

Tendência à transpiração.

Preventivo e curativo do Mal do ar dos aviadores.

Dose: 1.ª, 3.ª, 6.ª, 12.ª, 30.ª, 100.ª, 200.ª, 1. 000.ª e 10. 000.ª.

Patogenesia

É a planta que com HYOSCIAMUS (Hyos) e STRAMONIUM (Stram) constitui o trio dos remédios do delírio.

Ação geral:

Ataca profundamente o sistema nervoso, onde produz uma congestão ativa, uma perversão da sensibilidade, uma excitação furiosa, dores, espasmos e convulsões. Produz sôbre os centros nervosos o “delírio atropínico”.

Sôbre o cérebro age, produzindo insônia, mania furiosa, acompanhados de um afluxo de sangue a esta região traduzido pelo rubor da face, cefalalgia congestiva, intolerância pela luz e pelo ruído.

Produz ainda nos centros nervosos perturbações traduzidas por movimentos coreiformes, Ilusões auditivas e ópticas, espasmos, etc.

Nos intoxicados pela BELLADONA, a autópsia revelou uma enorme congestão cerebral, acompanhada também de congestão bulbar, do cerebelo e da medula.

Sôbre o coração, ela age como se se tivesse seccionado o vago. Provoca uma aceleração intensa do músculo cardíaco. Eleva a pressão sanguínea e provoca uma vasoconstriç?o capilar. Todos os vasos são hiperemiados, provocando o "eritema da BELADONA” e o rubor escarlatiniforme que se observa após o abuso de doses elevadas da BELLADONA, como fala MANQUAT.

Sôbre as mucosas e glândulas, ela como que paralisa as secreções.

Características:

É um medicamento que convém aos pletóricos e aos intelectuais. Provoca uma congestão da cabeça, parecendo que todo o sangue do organismo lá se encontra, pois a cabeça fica quente enquanto que as extremidades são frias. Os olhos vermelhos, injetados; a face purpúrea; as carótidas batendo violentamente.

Delírio violento, terrível. Há uma violência terrível chegando ao estupor só por exceção, justamente o contrário de HYOSCIAMUS (Hyos).

É o primeiro remédio do estado inflamatório de qualquer região do organismo. Inflamação acompanhada de calor, rubor, sensação de queimadura objetiva e subjetiva, que acompanham um edema inflamatório com sensação de batimentos.

Todos os sintomas de BELLADONA aparecem e desaparecem bruscamente. Grande hiperestesia; sensibilidade extrema; reação vital aumentada; irritabilidade de tôda a economia e, sobretudo, dos centros nervosos.

Dores lancinantes, pulsáteis, agravadas pela luz, pelo ruído, ao menor contato, pela posição deitada, e melhorada pela posição sentada e pelo repouso.

Espasmos gerais e locais. Espasmos dos esfíncteres.

Modalidades:

Lateralidade, direita.

Agrava pelo tocar, ruído, corrente de ar, luz brilhante e deitado. Pelas bebidas, depois do meio-dia e pelo movimento. Melhora pelo repouso, sentado ou em pé, por aplicações frias e num quarto quente.

Sintomas mentais:

excitação e violência. O paciente torna-se selvagem, rasga e morde tudo e a todos que estão ao seu alcance. Faz coisas estranhas e incompreensíveis. Delírio furioso, insensato. Delírio acompanhado de visões e alucinações. Vê fantasmas. Sonhos angustiosos e pesadelos. Estupor das crianças atacadas de meningite. Tendência ao suicídio por submersão.

Sono:

Estupor acompanhado de sonhos e agitação.

Cabeça:

Hipersensibilidade do couro cabeludo. Os males começam pela cabeça e depois prosseguem para baixo. Dor de cabeça congestiva; sensação de plenitude na frente, no occipital e nas têmporas. Dores lancinantes. Sensação dolorosa, expansiva, como se a cabeça estivesse aumentando de volume. Pressão dolorosa de dentro para fora.

Vertigem na qual o paciente cai para trás ou para a esquerda.

Face:

vermelha, quente, brilhante ou então pálida e fria. Ansiedade e mêdo representados no aspecto fisionômico. Movimentos convulsivos dos músculos faciais. Dores violentas na face. Paralisias a frigore. Erisipela de face de côr vermelha brilhante, tornando-se purpúrea e acompanhada de febre alta. Inflamação das parótidas (caxumba).

Olhos:

congestão intensa. Pálpebras e conjuntivas inflamadas. Estrabismos sobrevindo bruscamente na congestão cerebral. Dilatação pupilar. Ilusões de óptica.

Orelhas:

estados congestivos e inflamatórios.

Aparelho digestivo:

Bôca: mucosa bucal sêca e vermelha. Secura da bôca com sêde intensa, tanto para grandes ou pequenas quantidades d'?gua de uma ou muitas vêzes. Língua inflamada, com papilas salientes. Faixa vermelha no meio da língua, mais larga na ponta. Tremores da língua e paralisia lingual.

Faringe e esôfago:

amigdalas aumentadas, com dificuldade no engolir, principalmente os líquidos. Sensação de uma bola na garganta. Espasmos de garganta com sensação de secura da mucosa do esôfago. Esofagismo.

Estômago:

Enjôo para o leite e pela carne. Grande sede, com violento desejo de água fria. Soluços. Náuseas. Dores em cãibra no epigástrio, depois das refeições.

Intestinos:

distensão e inflamação do cólon transverso. Dores violentas e espasmódicas. Extrema sensibilidade ao tocar o abdome. Hemorróidas vermelhas muito inflamadas, como dor queimante, que não podem ser tocadas. Prolapso anal.

Fezes:

aquosas, líquidas, acompanhadas de tenesmo. Fezes esverdeadas, disentéricas com puxos.

Aparelho urinário:

Intensa irritação da bexiga e uretra. Desejo ardente de urinar. A urina sai gôta a gôta e queima intensamente o canal que está inflamado.

Órgãos genitais masculinos:

Inflamação dos testículos. Suores noturnos no escroto.

Órgãos genitais femininos:

congestão útero-ovariana, dolorosa ao toque e sensível ao menor movimento. Hemorragia uterina acompanhada de contrações espasmódicas do útero. Hemorragia de um sangue vivo, fluido, misturado de coalhos. Seios ingurgitados e inflamados. Febre do leite.

Nariz: secura da mucosa nasal. Coriza mucosa misturada com sangue. Epistaxe com rubor congestivo da face.

Laringe: afonia. Inflamação laríngea com contrações. Tosse sêca, breve, barulhenta, pior à noite.

Brônquios e pulmões: Tosse sêca, curta, noturna. Pontos dolorosos no peito enquanto tosse.

Aparelho circulatório:

Batimento das artérias e especialmente das carótidas. Palpitações violentas. Pulso duro, cheio e acelerado. Flebite inflamatória.

Dorso e extremidades:

Dor ao nível da nuca. Dor nos músculos intercostais e lombares que melhora pelo movimento lento. Dores reumatismais erráticas. Dores de ciática, agudas, aparecendo e desaparecendo bruscamente. Frilosidade.

Pele:

Formação de abscessos e furúnculos. Provoca um eritema vermelho escarlate, tão vivo que parece um rash escarlatinoso. Erisipela.

Febres:

Tremores iniciais, com frio geral e palidez da face, seguidos de intenso calor, com face vermelha, vultuosa, batimentos carotidianos, pulso duro, freqüente, forte, e transpiração quente, geral, e mais pronunciada na face. Febre sem sêde.

Ponto de Weihe: — Atrás do meio do esternoclidomastóideo, lado esquerdo.

Dose: 3.ªx, 5.ª, 6.ª, 12.ª, 30.ª, 100.ª, 200.ª, 500.ª, 1.000.ª e 10.000.ª.

Complementares: CALC. (Calc)

Remédios que lhe seguem bem: ACONITUM (Acon), ARSENIC. (Ars), CACTUS (Cact), CALC. (Calc), CHAMOM. (Cham), CARBO VEG. (Carb-v), CHINA (Chin), CON. (Conium), Curare (Cur), HEP. (Hep), Hyosc. (Hyos), LACHESIS (Lach), MERC. (Merc), MOSCHUS (Mosch), MURIAT. ACID. (Mur-ac), MERC. IOD RUB. (Merc-i-r), NUX. (Nux-v), PULSAT. (Puls), RHUS (Rhus-t), SEPIA (Sep), SILICEA (Sil), STRAMON. (Stram), SULPH. (Sulph), SENEGA (Seneg), VALER. (Valer) e VERAT. (Verat)

Inimigos: DULCAM. (Dulc) e ACETIC. ACID. (Acet-ac)

Antídotos: ACONIT. (Acon), CAMPHORA (Camph), COFFEA (Coff), HEP (Hep), HYOSC. (Hyos), MERC. (Merc), OPIUM (Op), PULSAT. (Puls), SABADILLA (Sabad) e Vinum.

Duração: 1 a 7 dias.

Externamente: Pomada de BELADONA, nos mesmos casos em que é usada alopàticamente.

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